sexta-feira, 21 de maio de 2010

A Caixa do Tempo



Tarde de domingo como outra qualquer.
Uma caixa já encoberta pela poeira em seu guarda-roupas.
Guarda ali anos de lembranças e muitas pessoas.

Cada carta, cada foto, cada objeto, cada bilhete traz um mundo de
antigas sensações e uma saudade contida de tudo aquilo que fora
vivido (não que quisesse voltar no tempo).

Percebe ali como algumas palavras, votos, pessoas e promessas se perdem
no tempo; como as prioridades, as vontades, as pessoas mudam, regridem
ou evoluem, se reconstroem. Nem todos naquela caixa permaneceram,
os caminhos se tornaram outros.

Com o coração inquieto e ao mesmo tempo confortado devolve a caixa ao seu lugar e sorri.
Tudo que lhe era realmente importante ainda estava ali.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Caminhante


ela não vive.
não sente, não vê, não ouve.
caminha caminha caminha, sobrevivendo.
o que perdeu, o que procura, o que viveu, ninguém sabe.

Nunca um caminhar foi tão intrigante.