terça-feira, 22 de fevereiro de 2011


“A dor é uma coisa estranha.
Um gato que mata um pássaro,
um acidente de automóvel,
um incêndio...

A dor chega,
BANG,
e eis que ela te atinge.

É real.

E aos olhos de qualquer pessoa pareces um estúpido.
Como se te tornasses, de repente, num idiota.

E não há cura para isso,
a menos que encontres alguém
que compreenda realmente o que sentes
e te saiba ajudar...”

(Bukowski)



Ele: Eu vou te ajudar a superar. Faremos isso juntos.

E sim, você esteve presente, mas não pra me ajudar.
Você permaneceu ali (o tempo que julgou suficiente) pra diminuir a sua culpa, não pra amenizar a minha dor.

| Janine Lenzi Marques |

Sempre Metade

"Hoje eu percebo que nenhum momento foi totalmente nosso. Que em todas as situações eu sempre me dei mais, me cedi mais, gostei mais. Em nenhum momento eu senti total segurança.
A sombra do passado dele sempre foi presente, sempre.
Em determinados instantes eu até sentia por breves segundos o querer real dele, aquele querer que dói de tão verdadeiro, mas isso logo passava.
A concepção de que ele estava pensando nela sempre era presente em minha cabeça.
Então você me pergunta porque eu ainda insistia. Ora, eu o amava...
Eu tinha esperança, muita esperança..,um tipo de esperança doentia.
Eu o tinha perto de mim, e fazia de tudo para despertar dentro dele pelo menos metade daquilo que já sentia.

E o sentimento cresceu, criou raiz de uma maneira que já não cabia mais aqui.
Fui iludindo a mim mesma, sempre na ânsia de que um dia ele pudesse me amar. E eu ia empurrando a nossa relação, baseada em uma amizade multi colorida.
Apesar de em nenhum instante ele ter me prometido nada, e sempre repetir as suas reais intenções, eu fingia que não escutava. O desejo de tê-lo perto de mim superava qualquer situação.

Hoje eu percebo que eu não passei de uma ‘companhia boa’, de uma amiga ‘massa’. E isso me dói tanto. Dói saber que todas as vezes em que nós estávamos juntos, no fundo não era do meu lado que ele queria estar. Isso é o que me fez sofrer.

Nenhum momento foi meu. Ele nunca esteve por completo, sempre foi metade.
Não há como descrever como é triste sentir isso.
Saber que você não fez diferença. Que tanto fez. Isso é o que machuca.
Você dizer chorando que o ama e ele ficar calado em sua frente com cara de origami...sem hesitar, sem questionar.
Não fez questão quando eu cheguei, nem quando eu fiquei, e não fará nunca. Nada.
Isso meu caro, isso sim é triste.
Saber que o seu amor não está nem aí para você. E que só vai esperar você virar as costas para ir atrás daquela que ele sempre quis (certo ele).

Eu desisto. Amo, mas desisto. Ele não me quer, não da forma que eu idealizo.
Mas vou levando...
Uma hora acaba.
E quando o sentimento não quer morrer por conta própria, a gente vai lá e mata."

domingo, 6 de fevereiro de 2011


"...você nunca mais pegou na minha mão me fazendo sentir-se segura. Nunca mais falou a coisa mais errada do mundo fazendo meu mundo valer a pena. Eu treinei viver sem você, eu treinei porque você sempre achou um absurdo o tanto que eu precisava de você para estar feliz. De tanto treinar, eu acostumei."