quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo
e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ângulos, meios e olhares meus


"As vezes acho engraçada essa forma estranha das pessoas de te olharem tão vagamente e tirarem conclusões sobre você e sobre os sentimentos que te norteiam. O ser humano já é capaz de ler mentes?

Amo com os sentidos se querem saber. De forma intensa e quase doentia. Amo a beleza das coisas, o céu estrelado, as artes, os sons, os sorrisos, os atos nobres , as cores, os movimentos, as formas, as texturas, os sabores, os delírios, os sonhos, as paixões e tudo que de uma forma simples e desinteressada me faz suspirar. Isso me alimenta a alma, sacia minhas necessidades fundamentais e traduz claramente a vida que escolhi viver.

Não preciso que me mostrem o caminho,pois nem sei bem onde chegar. Quero andar sem rumo trilhando o que ninguém nunca trilhou. Sobre ângulos, meios e olhares meus. Assim, meu pouco se torna muito e minha vida não se resume aos outros e aos seus anseios momentâneos e superficiais. Esses que as pessoas sempre levam nos bolsos sem explicação.

Amo de corpo e alma aquilo que cativa meus sentidos.Não preciso externar aos outros meu amor, apenas quando a eles o dedico. Então poupem o velho discurso de : Aquela menina não ama nada nem ninguém..."

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Um dia a gente cansa

"...de tentar entender.
De tentar falar.
De tentar chorar.

Um dia a gente se cansa de buscar porques.
De pedir desculpa.
De se apaixonar.

Um dia a gente assume que é falso.
Um dia a gente tira a máscara.
Um dia a gente assume que é fraco.
Que não escreve bem.
Que é feio e desinteressante.

Um dia a gente cansa de se entregar.
A gente cansa de gritar.
A gente cansa de ficar quieto.
A gente cansa de expor nossas opiniões.

Um dia a gente perde a concentração.
A gente perde a vontade de levantar,
De acordar e falar eu te amo.

A gente se cansa de gozar.
A gente se cansa de sorrir.
E de achar graça da própria desgraça.
A gente percebe que nunca foi genial.
E a gente se tranca no quarto.
E fica pensando uma, ou duas horas.
E nossa boca amarga.
E nossos olhos se encharcam.
E a gente se pergunta pela ultima vez o porque de isso tudo.
Mas mais uma vez a gente não encontra respostas."

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Das mágoas...do perdão!

"É incontrolável.
Tento não tê-las mas as tenho.
São mágoas, minúsculas, mas mesmo assim são mágoas.
Aquela palavra naquela tarde, o gesto mal colocado naquela noite.
E eu não consigo esquecer, já tentei, mas sempre me vem na cabeça aqueles pequenos instantes em que minha garganta travou para não chorar.
Minha memória não me dá trégua.
Não é rancor, não é ódio...é uma pequena tristeza ao lembrar-me de lapsos de uma breve decepção.
É incontrolável.
Gestos, palavras...detalhes que fazem uma monstruosa diferença.

Na hora a garganta trava, os olhos te traem, o coração aperta.
No momento em que aquela palavra te é direcionada, você pára, respira e visivelmente deixa para lá...tenta dizer para você mesmo que não foi nada.
E cada vez que aquela pessoa te magoa, a feridinha apita e mais uma mágoa é adicionada à coleção.
Você vai deixando para lá...mas a cicatriz continua no mesmo local onde foi deixada.
...

O coração percebe então que o amor é mais e por ser mais passará por cima disto também.
A mágoa existe e a lembrança não morre...
...mas lá no fundo encontra-se o perdão, e esse supera aquilo que outrora foi cruel."

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A amizade esboçada.



...e com vocês eu deixo meu melhor sorriso, meu maior abraço, minha melhor história, minha melhor intenção, toda minha compreensão, e da minha amizade, a maior porção.

E o que vai ficar na fotografia, são os laços invisíveis que há e que havia .

Metade

''Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que o homem que eu amo seja pra sempre amado
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso
E a outra metade um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui
E a outra metade não sei.

Que não seja preciso mais que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é a canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... ? "